segunda-feira, 11 de abril de 2011

O dia depois da Eleição


O dia de hoje no Peru é igual ao Brasil, no dia após a Eleição. Os vencedores – pelo menos momentâneos – comemoram a vitória, os perdedores choram. Paira pela cidade uma espécie de ressaca, um grande cansaço comparável à quarta-feira de cinzas no aeroporto de Salvador. Os militantes buscam renovar as energias para a nova eleição que se inicia.

De outro lado, os videntes eleitorais – normalmente chamados de analistas políticos – buscam apresentar o desenho político deste segundo turno, tentando adivinhar as alianças e as chances de cada um dos deputados. Como na vidência cigana, a vidência política não é uma ciência exata, pois cada um dos analistas tem uma análise diferente da situação política. Prefiro sempre aqueles que adivinham o futuro eleitoral quando está de acordo com o que eu penso.

Não tendo muito que fazer nesse dia após a eleição, fui ao JNE comprar alguns livros de jurisprudência, que, por sinal, estava lotado. A vantagem é que o atendimento é muito rápido – não sei se resolvem – e conseguem atender o grande público que hoje estavam presente. O atendimento foi rápido, com exceção de mim, pois há uma irracionalidade na senha de prioridade. Havendo apenas um caixa para pagamento, a prioridade passa na frente de todo mundo e como não paravam de chegar mulheres grávidas, idosos e mulheres barrigudas, eu não era atendido. Somente fui atendido quando a educada historiadora do Museu viu a completa falta de lógica do sistema e veio ao meu socorro.

Saindo do JNE, fui ao Comitê Eleitoral de Keiko Fujimori. Estavam muito animados. Achei interessante o Comitê da Keiko ter mais fotos de seu pai do que dela mesma.







Depois fui no Comitê de Campanha de PPK. Pairava uma completa tristeza. Uma professora que estava desiludida disse que está entre apoiar o câncer ou a Aids. Disse ainda que vai embora do Peru pois não há esperança.


Apesar do Conservador PPK ser o candidato da juventude no Peru, acredito que poderá não ocorrer um fortalecimento para a próxima campanha, pois, além de não haver tradição partidária no Peru, a eleição é extremamente personalista. Acredito que os Congressistas do Partido de PPK deverão migrar para a base de apoio de Keiko Fujimori. Este é meu exercício de vidência!

Nenhum comentário:

Postar um comentário