quarta-feira, 6 de abril de 2011

O bom atendimento do JNE


Nas eleições do ano de 2010, durante a campanha eleitoral, uma jornalista me perguntou ao telefone sobre o acesso do eleitor ao Tribunal para receber informações sobre as eleições. Com pressa devido ao enorme trabalho que eu tinha pela frente, respondi com certa rispidez, pela pouca utilidade da pergunta, que bastava o eleitor acessar o site do TSE ou do TRE que ele teria a informação que precisa.
Não satisfeita, a jornalista insistiu e me perguntou se existe um centro de atendimento ao Eleitor no Tribunal. Mais uma vez respondi que bastava o eleitor se dirigir ao seu cartório eleitoral e ele será informado.
A jornalista gentilmente agradeceu a informação e se despediu. Fiquei agradecido pela brevidade da entrevista e retornei ao trabalho.
Contudo, somente hoje, 06 de abril de 2011, mais de 6 meses após a entrevista, compreendi a grandeza dos questionamentos da jornalista e me arrependi profundamente de, naquela oportunidade, não ter refletido mais sobre o assunto.
Nossos Tribunais Eleitorais, apesar da qualidade na condução de uma eleição, não têm o foco no principal agente de um pleito eleitoral: o eleitor!
O Tribunal Superior Eleitoral encontra-se completamente distante do eleitor, não há um só órgão de atendimento. O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, apesar de recentemente ter criado uma Central de Atendimento ao Eleitor, situado na Av. do Contorno, 7.038 – Lourdes, se apega somente a aspectos formais e administrativo. Não há uma informação efetiva ao eleitor.
Os cartórios eleitorais, da mesma forma, são insuficientes em atender o eleitor, pois mantêm o mesmo atendimento administrativo.
Somente hoje, quando visitei o Jurado Nacional de Elecciones, órgão máximo do sistema eleitoral peruano, compreendi a importância do atendimento ao eleitor. Me dirigi a uma atendente, de nome Silvia Vasques, e fiz várias perguntas, que iam desde a organização das eleições, até aspectos subjetivos da participação popular no processo eleitoral, sendo prontamente atendido.
Confesso que depois de muitas perguntas comecei a perceber uma impaciência da atendente, que chegou a me perguntar se existiam outras perguntas – respondi que faltavam apenas 8. Não sei se conseguiria este atendimento em nossos Tribunais brasileiros.

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